Vacilo, em desassossego,
entre o peso da placidez,
preso ao regalo das raízes
e as asas que o instinto
indiscreto me oferece.
Persegue-me o que desconhecia,
bloqueado pelo esforço
de conter o apetecível.
Ocupo-me dos limites,
quando irresistivelmente
penso infinito.
Navego na expectativa
de um qualquer rio,
acendo-me de Sol,
atiço a consciência,
afogo-me na felicidade
que me desagua.
Recuso-me ao pântano
das inculpas e medos.
Quero voar,
sob oiro,
no azul do sabiá.
Sem comentários:
Enviar um comentário