Somos todos iguais,
mas, por vezes, queremos
persistir na diferença
e ser, no pretensiosismo,
mais parecidos
com os que são melhores,
os deuses, os imortais.
E acabamos por pecar no original,
como mata-borrões convencidos,
cópias manchadas,
mas com muita arrogância,
não definidas, negras,
repetidas de imperfeição.
Algumas já sumidas,
mas convictas de muita lucidez
e sabedoria.
Apregoando teorias,
explicitando experiências,
tudo o que foi aprendido
(sem ser sofrido),
dominando sapiência,
moralidade,
e as coisas do amor,
etiqueta e boas maneiras,
sobre as mais distintas convivências.
Ocultando, claro, às claras, as suas tocas,
malabaristicamente estimulando, fingindo,
subjectivamente criticando,
numa terapia de quem se procura na utopia,
acreditando ser único,
o primeiro,
o mais rico
e eterno.
Sem comentários:
Enviar um comentário