Sentado no poial
da tua espera,
espero-te, curvado
à tua ausência.
Sinto o silêncio no umbral
dos desencontros,
à medida que a porta
se abre,
ainda a ranger.
Já é tarde demais
para continuar a esperar,
sem manhã,
sabendo-te já distante,
fora destas paredes,
longe do amargo
desespero.
Dogma do Verso
A minha religião é a Poesia,
e sigo extático
os que tecem o pensamento
com a mística pulcritude da palavra.
Rezo a filosofia da alma
em cada linha de um poema,
com asseveração,
no delubro do grande Verbo.
João Marques Jacinto
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