Esta união, de facto,
desfaz-se,
com estrelas sem céu,
mãos sem enlace,
tratados frouxos,
raízes sem terra,
ideias sem fé,
promessas em desalinho...
Espera-se a derrocada,
pretexto de liberdade suprema:
que a península se rompa,
ilha por vir,
e se entregue aos mares do possível
e do futuro.
Consagra-me o destino:
um irmão de sangue,
casas geminadas até à alma,
outros virão,
unidos pela palavra
e pelo coração de todas as histórias.
Mas persiste uma flor,
resiste a qualquer vento,
enlaçada ao bordão da esperança;
quer ser romã
e árvores.
E eu,
por vontade de todos,
também serei.
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