quinta-feira, 24 de abril de 2025

Há uma Lua em nós


Há uma Lua em nós

que outrora nascera

e era dia,

mergulhada num pântano

cerrado de medos e (des)ilusões.

E nela se espelha,

abaixo do horizonte,

já posto,

o Tempo enraizado,

firme na convicção

de que perdurará aquele momento.

A Lua, quase apagada

de tanto morrer,

é surpreendida pelo tempo do Tempo,

que se desprendeu da terra do ouro

para lhe tocar com uma noite quente

e um último beijo.

E fundem-se na inquietude

para que se salvem almas

e um novo Tempo descenda.

 

Tudo tem um termo,

para que haja a sorte

do Sol de todos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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