quarta-feira, 30 de abril de 2025

Fragmentos do Infinito


Dentro de mim, ressoam ecos de estrelas que já fui,

partículas a dançar no vácuo do meu ser.

O Sol sussurra segredos de mundos distantes,

convocando-me a brilhar, a desafiar o esquecimento.

 

O brilho irrompe, sem toque ou pensamento,

nos espaços entre os suspiros, sou luz.

E quando me esforço, desintegro-me,

dissolvo-me na matéria escura da dúvida.

 

Terei de me esquecer da minha pele,

do espólio e das memórias que me moldaram,

libertar-me de cada fragmento que me define.

O tempo será meu inimigo,

a fronteira, ilusão.

Porque o que sou, ao fim, é o universo em expansão.

 

A luz rasga a minha mente,

destrói o que resta de mim,

e eu sou todas as estrelas,

milhares de eus perdidos nas dobras do cosmos,

onde cada estrela é uma lembrança,

e cada lembrança, um vazio a preencher.

 

 

 

 

 

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