Dentro de mim, ressoam ecos de estrelas que já fui,
partículas a dançar no vácuo do meu ser.
O Sol sussurra segredos de mundos distantes,
convocando-me a brilhar, a desafiar o esquecimento.
O brilho irrompe, sem toque ou pensamento,
nos espaços entre os suspiros, sou luz.
E quando me esforço, desintegro-me,
dissolvo-me na matéria escura da dúvida.
Terei de me esquecer da minha pele,
do espólio e das memórias que me moldaram,
libertar-me de cada fragmento que me define.
O tempo será meu inimigo,
a fronteira, ilusão.
Porque o que sou, ao fim, é o universo em expansão.
A luz rasga a minha mente,
destrói o que resta de mim,
e eu sou todas as estrelas,
milhares de eus perdidos nas dobras do cosmos,
onde cada estrela é uma lembrança,
e cada lembrança, um vazio a preencher.
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