Ser instrumento
de um sistema que se repete,
onde nada se transforma,
apenas se mantém,
como um ciclo fechado.
Um paradigma estreito,
como cordeiro,
que não questiona,
que não rompe com o passado,
onde o olhar não consegue ver
o que ainda pode ser.
Viver preso a padrões,
perdido em silêncios que não questionam,
onde os sonhos murcham
num vazio de conformismo.
O tempo, com seus ponteiros imutáveis,
marca horas vazias,
em praças que não se renovam,
e casas sem vida,
onde o conforto é uma prisão.
Correntes douradas
que soam como promessas,
mas não libertam,
aprisionam a alma,
enganam a liberdade.
É não ser,
apenas existir,
sem capacidade de transformar
ou de romper as amarras que nos seguram.
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