O sonho da pobreza
é ser feito de ouro sem forma,
sendo desejado por quem vive da luz
de um reflexo distante.
É ter o que causa sombra
nos olhos daqueles que erguem castelos
em nuvens,
sem perceberem que os ventos os desmancham
como vapor ao despertar do Sol.
O sonho dos que se enriquecem
é ser a chama e lua,
dançando no corpo de um relógio vazio,
onde o tempo se acumula sem limites,
como folhas ao vento,
quase invisíveis em sua queda.
É ser o que se é
no sopro do instante,
escapando do toque das mãos sedentas,
gananciosos pelo que se desfaz para ser mais.
E no que se desfaz, encontram o Eterno.
Sem comentários:
Enviar um comentário