segunda-feira, 19 de março de 2012

O Clarinete e suas Vozes


O clarinetista Ruben Marques Jacinto e o pianista Luís Bastos Machado apresentam um recital com uma temática dedicada à voz. O clarinete, instrumento cujo som desde sempre foi de...scrito como tendo características muito próximas da expressão vocal, apresenta-se aqui com um programa contrastante, mostrando não só a sua própria voz, mas fundindo-se também com outros géneros de música vocal, como a Ópera e o Fado. Com a participação especial da fadista Ana Roque e do Grupo Coral do Montijo/maestro José Balegas, este é um concerto a não perder, com obras inéditas e homenagem ao nosso recente património imaterial da humanidade, que é o Fado.



Programa

Claude Debussy – Primeira Rapsódia para clarinete e piano (1910)

Jörg Widmann – Cinco Fragmentos para clarinete (em lá e Sib) e piano (1997), estreia nacional

George Gershwin – Somebody Loves Me para clarinete e piano (1924) Arr. Art Marshall

George Gershwin – Summertime para clarinete e piano (1935) Arr. Art Marshall


Intervalo


Gioachino Rossini – Introdução, Tema e Variações para clarinete e orquestra (1819), da Ópera La Donna del Lago.

Pedro F. Sousa – Tejo, meu Fado para voz, clarinete e piano (2011), Poema – João Araújo, estreia absoluta.

Alain Oulman – Fado Português, poema de José Régio (1970), Arr. Rui Ribeiro

Alain Oulman – Maria Lisboa, poema de David Mourão-Ferreira (1970), Arr. Rui Ribeiro

Frederico de Freitas – Rua do Capelão, poema de Júlio Dantas (1931), Arr. José Balegas Gonçalves

Canção tradicional judaica – Choson Kala Mazel Tov, Arr. José Balegas Gonçalves



Intérpretes:

Ruben Marques Jacinto – Clarinete
Luís Bastos Machado – Piano
Ana Roque – voz
Grupo Coral do Montijo/maestro José Balegas Gonçalves



Entrada: EUR 5,00
Reservas: 212327882 / 212327880

sábado, 17 de março de 2012

Além Terra

Muito longe, que queira ir,
dificilmente, sairei daqui.
Ir além Terra,
por enquanto, só viajando,
pelo interior de mim,
à descoberta deste cosmo,
igualmente infinito (ou ainda mais),
mesmo que me iluda
por o que julgo apenas ver,
e a ser só isto
a que tanto se propuseram criar.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Malsão

Hoje, tirei a manhã,
para chorar.
Também é preciso!
Havia tanta coisa em mim
por carpir.

Se me sinto melhor?!
Sim, mais aliviado,
mas continuo malsão!

Ser outro ser...

Se fosse perfeito
jamais conseguiria ajudar
quem julga ser um exemplo,
nem compreenderia os que sofrem
para crescer…
Sou apenas Homem
e sê-lo-ei até ao fim,
mesmo que creia  
ser outro ser,
mais além do que sou.

domingo, 4 de março de 2012

A esperança de um céu

Há momentos em que julgo ser feliz
e altura em que me imagino a precipitar do abismo.

É mui fácil iludir-me
e difícil eu crer,
e sobreviver aos dias de nuvens indistintas ,
que nos sobrecarregam demais
e escondem a consciência
e arrancam a coragem.

Mas haverá sempre uma qualquer estrela,
que habilmente se consegue escapulir
por entre as sombras
e ser a esperança de um céu.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Sentidos

O que anseio?...
Não sei!
Pouco ou nada, já me compensa!
No entanto, perduro preso ao hábito
do que me deu alimento,
forçando-me viver em exageros,
até de vez me enfastiar
ou ficar enriquecido de paladares,
sem que me culpe pela concupiscência,
para que me descubra em outros sentidos
e despertem outros, mais evidentes prazeres,
e venham os incentivos apenas do (a)mar.


E é aqui

Não é justo falar de alguém,
nem mesmo sobre mim tão pouco.
Devo apenas divagar.
É-me permitido (re)pensar,
mas sem me repetir
para ter o desejo de me viver.

E é aqui, no sítio mais alto
onde me habito,
que me recolho
e mais longe me sinto de tudo,
na solidão de que necessito,
tatuando as paredes de meu quarto
com a poesia do Amor,
para me ser no que mais sou
e que me goste se merecer.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Poesia

A poesia eleva
os mais profundos sentimentos
da alma
à consciência dos dias
feitos de versos
tecidos com fios de luz.

A poesia
é dos poetas
que de tão vivos
sabem eternizar o canto
e o belo
de todas as palavras
de todos os Eus.

A poesia
não tem razão
tem sabedoria.