Dança é ritual,
puro corpo com alma; pas de deux,
ao ritmo de um só coração,
o momento que transcende todo o silêncio
e leva ao bailado mais ancestral.
E sinto-me
labareda do fogo primordial,
fogueira onde à roda se gira e canta,
peixe entre algas,
rompendo azuis de profundezas,
árvore de folhas que vibram esperança,
num brincar de ventos solitários
e terra, onde condenado fui a germinar,
dar os braços a uma coreografada vida
e seduzir a felicidade,
neste arrasta-pé.
E no baile-mandado
sou estrela, Sol,
planeta, galáxia,
e também pó,
e o Big Bang
na dança com Deus.
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