Ergo-me
na solidez do meu mundo,
acreditando no valor
do que possuo.
Resisto
às mudanças
que me forçam à liberdade.
Insisto
em preservar o que julgo ter.
Involuntariamente,
enfrento-me no abismo
e caio, falido de cansaço,
esmagado pela estagnação,
paralisado pelo medo.
Os pássaros,
que partiram das minhas mãos,
fazem-me olhar para a grandeza do céu,
esquecer de seguir os pés
e as pedras que, cuidadosamente,
antevejo pisar.
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