Se verídicos fossemos,
não enumeraríamos histórias
do que se afigura,
porque se compara.
Pois bastaria apenas ser,
em vez de corresponder
aos apelos dos que também sonham errado,
e continuam cegamente persistindo,
sem que se entenda…
Ou ser-nos-á benéfica,
e assim legitima
toda esta perversão por tanto
e de se venerar o vil poder?
Ser o que se deve ser
ou ser levado
ao que se sente ser,
no que não se é e nunca será,
mas somente porque se deseja
e futilmente crê?
Se não nos livramos das máscaras,
seremos sempre o Outro dos outros,
perdidamente sem Eu(s),
raízes,
irmandade,
povo
e futuro.
João Marques Jacinto
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