sábado, 26 de abril de 2025

Ínfimo e Imenso


Prefiro não preterir o mal,

para melhor me redimir,

do que me esconder bem

na presunção de santo.

 

É pouco o que julgo ser,

mas também ainda há tudo

o que os outros todos são.

 

Quanto mais me acho na diferença,

mais me concluo igual.

 

O longínquo passado é-nos tão comum

e presente,

recôndito no ínfimo

de nossa grandeza,

sem que tudo se saiba.

 

Deverei aceitar

a intolerância

ou pensar universo?

 

Todo o fenómeno tem uma origem

e gere efeito(s),

e todos os corpos

estão sujeitos às leis da física.

 

E que sei eu

de tudo isto,

e de mim?

 

Muito...

pouco.


João Marques Jacinto

 

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