quarta-feira, 7 de maio de 2025

Mantra das 02H04

Nas margens do silêncio,

há um nome que arde

e se esconde.

 

Hoje, a beleza move-se

como uma flecha ferida

que não teme o alvo.

 

Neste espaço entre a palavra

e o que não se pode dizer,

abro a página

com o corpo todo.

 

Aqui, a arte não é forma,

é fenda.

É o que escapa.

É o que resiste.

 

A partir de agora,

escrevo para não esquecer

que sou feito de cruz e dança,

de medo e verbo febril.

 

 

 

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