A luz vem e vai,
como um lampejo fugaz,
tocando as palavras
antes de se esconder
nas dobras do tempo.
Ela brilha em mim,
mas se dissolve nos dedos,
como o sonho que se esvai
quando o sol da manhã
desperta a consciência.
E, no entanto, a busca
não se cansa.
Entre a luz e a sombra,
me perco e me encontro,
em cada linha escrita,
em cada verso que nasce
no espaço vazio
onde o silêncio dança.
O poeta, como um farol,
sabe que a luz não dura,
mas que é ela que o move,
mesmo quando se apaga,
mesmo quando só restam
as sombras da memória.
A escuridão, então,
não é inimiga,
mas companheira do sonho,
que revela o que a luz não diz,
e prepara o caminho
para o próximo raio de brilho
que, de novo, vai partir.
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