Estou, mais que, morto
de tudo, aqui,
mas ainda me respiro,
por um fio de coragem,
que constantemente me (re)povoa,
por tanto, eu nos querer e acreditar.
Por entre muitas dores de infortúnio,
e mais a vil moeda com que pagam,
há uma leve brisa soprando esperança,
por um outro qualquer lugar,
também daqui,
a quem se ouse ter,
agora, a coragem do protesto,
espalhar na praia, de tantas partidas,
consentindo todas as ondas,
almejando o que de bom,
possa trazer o mar
por ser a terra uma miragem;
esgotada deste fado,
estéril,
um reino, sem reino…
Estou mais que morto
de tudo, aqui,
mas, mais do que eu
é quem se crê bem vivo,
superno
e inextinguível .
Mais do que o fim,
de uns,
é o recomeço,
para todos;
urgente!
E vós, daí,
também podeis ajudar.
Não pergunteis, como.
Quando se quer,
o que, tem de ser,
não é questionável,
estaremos bem mais além
mesmo que só se atinja...
Nunca.
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