quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Um qualquer Sebastião

Estamos demasiado pobres
para sermos, agora, grandes.
Até os que se julgam com posses
não lhes chega a riqueza,
para que, aqui, a exerçam dignamente.
Em tempos, houve gente humilde
que fizera de sua coragem
a fortuna de todos.
Hoje, por ambição temos, poucos,
mas que chegam,
apagando de nós a memória,
traidores, grandes,
da felicidade alheia;
de ricos, pobres...

Os homens de viril raça morreram.
Somos viúvas, em terra estéril,
povoada por sombras,
sem esperança
de que um qualquer Sebastião nos renasça
deste medonho nevoeiro,
difícil de levantar.

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