Não gosto de te ver (de)caída,
por tanto de atirares ao chão.
Nas birras,que teatralizas, e bem,
há quem fora indesejada,
uma criança, completamente só,
que tudo quer, mas nunca sabendo,
o que de cada coisa fazer.
Uma princesa paupérrima,
sem castelo, nem palácios,
que a queiram e guardem,
sem beleza que encante
cavaleiro de sonho,
sem dote que a valorize
nem jóias de vida,
que lhe adornem a alma,
sem reino, em alucinações prometido,
sem súbitos que a adorem e sirvam,
nem amigo que a estime...
Quem humildemente nasceu
e só com essa virtude
poderá, quiçá, um dia reinar
no mundo dos belos.
Não gosto de te ver (de)caída
fingindo de vítima
ou ser a glória,
quando te encharcas
na lama do desespero.
Anafada, como moeda de troca,
ao ouro que se vingou,
esperas o perdão do tempo.
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