Não forces (de) mais
a tua porta, em mim,
o que guardo é sagrado
e muito ,
mais do que sabes
ou te lembras,
para que te vejam desnudada
e impura.
Não te sirvas de mim
como abismo,
por te pesar tanto
o que de ti (não) fizeste,
transferindo a culpa,
para atingir a salvação...
Desde o início,
conheço-te na mentira
e meretriz.
Já não te chegam (também)
as migalhas do pobre ancião
que airosamente rapas,
nem o que ainda usufruis
de sua descendência,
desonestamente,
sem que alguma vez, tenhas sido,
porventura, cigarra,
e jamais formiga;
mais ignóbil serpente?
A tua terceira casa está vazia
e a vizinhança escondida,
e fora silenciada...
E já não sabes mais de ti,
sem que consigas findar,
nem como fingir.
Mas continuas sedutora
como a morte;
traiçoeira .
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