Trabalho com deleite
esta terra que me sustenta.
Semeio com cuidado e critério
cada grão de vida,
que há de tornar-se verde exuberância,
como é desejado.
Sobrepor-se-á,
pelo caminho da luz,
ao castanho que me dá chão,
que sinto sob os pés,
que cheiro ao lavrar,
que me sustém e me prende
quando me evado de mim.
Faço, humildemente,
da minha pequena horta
o orgulho do mundo,
para que o sacrifício da morte
dê ao meu laborum
um sentido maior,
e me redima da culpa,
do poder
e de outras anomalias.
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