Há uns dias atrás,
passei por um jardim,
perto de minha casa
e vi umas exuberantes hortências.
Durante a noite fui colher as que tinha cobiçado
e já bem escolhido,
para com elas enfeitar, numa jarra de porcelana,
a minha sóbria sala-de-estar.
Depois de o arranjo corresponder às expectativas,
olhei, e o que ali estava exposto
era o sexo, que violentamente tinha arrancado
àquelas belas, sadias e pacíficas plantas;
a promessa de sua continuidade.
No dia seguinte voltei ao canteiro,
onde permaneciam encantadoras.
Envergonhado pedi-lhes desculpa,
para que todo o Kósmos,
também aceitasse o meu arrependimento.
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