O teu homem está ferido
tão profundamente dilacerado,
por entre os muros de sua infância,
e nem ele, nem tu,
querem assumir as chagas
e demonstrar dor.
Mas é tão óbvio
pela necessidade como te mostras,
nos jogos que fomentas,
na agressividade que recrias
na linguagem varonilmente erotizada,
nos modelos com que te identificas,
por quem somente escolhes;
submissamente,
consiga fazer-te sentir bem,
o melhor,
o desejado,
um macho...
Mas o teu homem continua ferido,
sem se querer endurecer,
por que nunca serão mais importantes,
que tu e ele,
os olhos e o espelho que vos vêem.
Não é a arma que faz o guerreiro,
mas como sabiamente a manuseia,
seja qual for o campo de batalha,
o inimigo
ou amigo.
E finge-te,
para que agrades,
de qualquer coisa,
sem nunca o conseguires ser
saudavelmente livre
e Homem.
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