Precisei de um pai
e o pai, fui eu,
de uma mãe
e a mãe também fui eu,
quem me amasse,
e nunca houvera vagar
e poucos foram
os que me souberam
transmitir a Verdade
e reconhecer.
Precisei de mim
e nunca lá estive,
cresci depressa demais,
sem que tenha dado conta disso,
por entre tantos
que se fingiram aparentar comigo,
por que não sabia
nunca o que me ser.
E onde moro eu
em minhas crias;
nos que me chamam de pai
e outros que nem conheço?
Hoje, tudo se deseja esquecer,
que o tempo mate,
o que marcou a ferros o corpo e o coração,
quando jamais, se apagará na eternidade,
o que foi, na alma, desde o início, revelado.
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