A minha casa fica num estreito beco,
de uma insignificante cidade
de um pequeno país
do planeta azul
do Sistema Solar
da Via Láctea...
E eu, daqui,
trancado,
do meu exíguo quarto,
como uma diminuta semente,
que julgo conhecer,
guardada numa caixinha de fósforos,
contemplo extasiado o universo, lá fora,
pela única vidraça
que a minha mui humilde habitação possui
e sinto tudo o que avisto, como meu
e tão acolhedor como o leito, onde sossego.
A porta dos fundos
era aberta, somente enquanto dormia,
para que em sonhos caminhasse
pelos mundos profundos de mim.
Perdi-lhe a chave
ou continuo acordado,
sem que queira adormecer,
e sem barulhos na mente...
Agora, é a da frente,
que está escancarada,
para que entre mais luz,
sempre que seja hora,
de ela me querer espreitar.
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