quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Hoje, perdi-me

Hoje, perdi-me do tempo, contemplando o céu,
atento à dança espontânea dos pássaros,
como se me iludissem de que era eu quem me movia
e chilrearam-me ao coração tamanha alegria
e atravessaram as nuvens já limpas e o arco-íris
e poisaram nos verdes vivos das árvores,
e brilhantes de águas de Abril…
Distraí-me de tudo o que me preocupava
e exigia atenção,
e achei-me em êxtase
enquanto girava o olhar por tão vasto azul
como se me sentisse, também primavera.

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