Constam-me ainda tantas partículas
das estrelas que fui,
que todos os dias, me inspiro no Sol
e teimo em brilhar.
E há horas em que consigo,
mas sem que queira
ou dê por isso.
Quando me esforço, apago-me.
Tenho de me esquecer de tudo,
completamente de tudo;
do passado,
do futuro,
me esvaziar de tempo,
e vencer as fronteiras de mim,
para que a luz me rasgue a mente
e eu até consiga sentir o Universo
como estrelas,
todas as que eu fui.
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