terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Aquela criança de dez anos

Por que nunca te foste
se era apenas a ti
que eu pretendia.
Nunca te fujas,
quando o amor lá estiver.
Sê pessoa inteira,
sem receio de receber,
abandono; por também abandonar...
Nada te pertence;
nem mesmo tu,
muito menos eu.
Mas de tanto poderás usufruir.
O tempo acontece,
sem ser preciso contá-lo,
para que tudo seja saboreado sem pressa.
Eu estarei sempre onde for preciso,
desde que também sejas capaz.
Já não quero esperar,
nem viver em ansiedade.
Quero-me muito, demais,
para que combata com armas de outros,
contra inimigos que desconheço,
e manter a esperança,
e encontrar aquela criança de dez anos que perdi;
sei que está viva
e ainda me espera.
Confio agora na sua palavra,
na promessa que me fizera.
Eu é que cresci, sem querer, depressa,
deixei-me levar por o que muitos ambicionam,
para nunca mais me ser,
até me saber melhor
e lembrar-me dela, como nunca.
Ela, sim, sonhava,
e eram grandes os seus sonhos,
nunca me desiludaria por outras verdades,
é demasiado bela,
e continua tal qual como a deixei;
alegre,
e persistentemente crente
e pura!

Amo-a!

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