São a esperança do nosso eu mais profundo,
a ponte que liga a outras margens,
onde nunca chegámos, por medo,
ou, chegaremos, naturalmente.
O futuro do ideal, na perfeição a que nos impomos, sem que consigamos,
como se deles fizéssemos as armas de nossa vitória,
a continuidade da presumível essência, que ainda submerge perdida, sem que se saiba,
mesclada pelas
personas que mais se destaquem e que até a nós nos enganam.
Vítimas do nosso desassossego,
dominados por uma excessiva protecção, desde sempre,
pelas regras, que os conduzam, também, a um qualquer exercício de poder,
pelo hábito constante dos afectos, que incutimos e de estrategistas rotinas,
como se, a ingenuidade já não nos pertencesse e temêssemos somente pela sua cegueira,
e maturos tivéssemos sempre sido, mesmo perante os conflitos e as derrotas,
e só eles fossem incapazes de, destrinçar o perigo,
sem nós, sobreviver,
ou, não se perder num qualquer oceano do caos,
como se habitássemos em terra firme
e percorrêssemos todos os caminhos com a mesma segurança e certeza.
A responsabilidade que lhes forjamos,
por que outras terão a sua idade e o seu real confronto,
com as normas que, nos foram impostas, reinventámos, mas incumpríveis,
e tão subtilmente também as estendemos, à sua passagem,como se de flores se tratassem,
para que se sintam honrados,quando as pisam suavemente,
mas tão culpados, seja pelo sim ou não, quando fogem a essa delicadeza.
A liberdade.
Não, somente, a que nos roubaram; a de aprender.
Mas hipocritamente também, esta, a deles, desejamos, também tirar-lhes,
ofertando-lhes tudo, prendendo-os... A nada!
Fruto sagrado do amor,
mas mais no que neles, sem querer e por crer,
é em nós, primeiro, que pensamos.
E os mesmos receios que nos impedem de viver,
os definham no crescer e na sorte da feliz descoberta.
Os meus, depois de nós, herdeiros,
aprendizes do bem e de muitos erros que transmitimos,
por que também assim os tomámos,
sem que aprendêssemos a escolher entre silêncio e a revolta.