sexta-feira, 20 de julho de 2012

Carne e alma

Dói tanto até que se dissipe o nevoeiro
que se criou sobre nós, desde o berço, devagar.
E hoje bem cerrado, denso...
Um dia, sem que se dê por isso,
deixará de nos resguardar e confundir.
E mais do que a ambição que nos leva a ser como alguém
e não o que se deveria ou desejaria,
será a descoberta de todos os Eus,
livres, autênticos,
capazes de se despirem de todos os atavismos,
para que a borboleta brilhe,  como a mais bela das crianças,
conscientes de que é bem mais fácil e simples  ser-se, tão somente o que se é
 e interdepender inteiros;
de carne e alma.

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