domingo, 29 de julho de 2012

A Revolução é vermelho-coração

Muitas são as faces de ti,
que tão habilmente, te sabem esconder,
sem que te dês conta.
Por vezes, reconheço-as, por entre outras tantas,
que desconcertadamente, se manifestam,
fazendo questão de serem bem marcadas,
como se fossem únicas, primeiras, diferentes de todas,
e tu as sentisses e vivesses como a verdade.
O Todo decifra-se por todas as partes
e todas convergem para o Todo.
E nada mais existe, que não fora já urdido.
O contentamento nem sempre traduz alegria,
pode também ser luta contra a tristeza.
E há quem se extroverta para não se saber
ou no silêncio de si se esconda,
por tanto se idealizar,
e também temer.
A sublevação contra o mundo só é pertinente,
depois de se terem as pazes feitas,
com, todas as faces,
ter presente a riqueza de todas as partes,
a vida,
quando não é por mim que defendo ou agrido;
a revolução é vermelho-coração, sim, pelo plural.
Mesmo que imute o material bélico
e seja estudada outra estratégia.
E tudo o que profiro,
não é só no que em ti vejo,
mas por que em ti, também me revejo,
antes que digam,
para que tudo melhore
e eu sempre consiga ver mais,
ver o que consiga
e ser quem tiver de ser,
se tiver de ser,
com todas as faces,
em todas as partes.

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