Estou em demasia minado por raízes,
que me confundem na verticalidade e força de meu tronco,
até à extremidade das hastes guiadas ao futuro de todas as estações,
por entre os muitos verdes das folhas dos dias,
aos ventos que me sacodem demais a consciência,
à chuva que me alaga a alma, como um dilúvio,
no poiso que reconstruo aos pássaros da liberdade,
nas Sombras que faço
e ao Sol que me queima,
na floresta densa da humanidade,
como árvore da vida,
numa Terra tão esférica, pequena e infernal,
como se parecesse nada, ao olhar de Deus,
podendo até ser tudo
e um pouco mais,
mesmo sem mim.
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