Sou animal.
Disso, jamais me deverei
esquecer,
mesmo que quase nunca me
queira lembrar de minhas, nossas, origens.
No que resta, motivado(s)
pela a ambição
ou pelo medo,
fui-me, fomo-nos,
especializando,
tornando mais sofisticado(s),
artistas e manhosos,
tornando mais sofisticado(s),
artistas e manhosos,
omisso(s)…
E morrerei como animal, mesmo
que creia que Deus exista
para me diferenciar, na
vida, de outros,
também Nele nascidos.
também Nele nascidos.
Sou animal
e apenas valho pelo que
sou, por entre tantos,
porque nada mais possuo,
e a vida é muito mais do
que o(s) Eu(s) do presente,
e nem a mim me iludirei
de que alguma vez me pertença.
E quem me aceitar assim,
é porque entende quem é e onde habita,
e tudo aceita sem sobre
tudo pensar demais,
e apenas tem a pretensão
de me gostar,
para que se vença
constantemente, também, na solidão,
como Terra perdida no infinito
Universo,
e ao mito da existência para além do que se
consiga durar,
à terra, como um animal.
à terra, como um animal.
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