sábado, 14 de abril de 2012

Olhar


Deixa que te mire
e contemple,
para que te gostes mais
e concebe a minha dádiva,
apenas como uma ponte
à tua emancipação.
Olho-te, não para que me (re)conheças,
mas para que te (re)vejas
e estremeças,
e morra eu aos horizontes
que ali mesmo, naquele lance, se esgotam,
para que apenas me sinta
e sobeje,
e seja.

Ver-me-ei, no que quiseres ser,
basta que me provoques
com um breve olhar,
que se leia.

1 comentário:

  1. Gosto tanto, que não tenho palavras, para descrever..Peguei, e vou partilhar por aí afora.
    Poeta, é aquele que escreve o que sentimos e não sabemos dizer.
    Parabéns Poeta amigo João M. Marques Jacinto.
    Abraços e beijos.

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