Raro é aquele que não pensa no amor,
mas poucos são os que o conhecem
e sabem assistir.
O desejo intenso do corpo puro,
é traído constantemente pelo temor que frequenta o pensamento
e a coragem é escassa para combater velhos moinhos de vento,
deveria perder-se somente no presente,
sem desassossego de futuro que o culpe...
Não sei se quero ser amante,
ou antes sobrepujar as mágoas de não ter tido abrigo.
O que procuro, para além da sedução,
é o que me compense
e alegre a triste casa,
para que me sinta gente
e me encontre livre
do (des)conforto antes de mim.