sexta-feira, 7 de junho de 2013

Apenas sou...


Não posso querer
o que nunca será para mim,
nem crer
no que não me foi consagrado.
Deixar-me-ei vestir
pelo que me sirva
e assente bem,
como se me sentisse nu
e descalço,
e assim me conhecesse melhor
e também sentisse o chão
que me nasce debaixo dos pés,
porque nada me pertence,
nada possuo,
apenas sou, o que possa valer,
pelo que faça, nesta Viagem.

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