Há uma Lua, em Nós,
que outrora nascera e era dia,
mergulhada num pântano
cerrado de medos e (des)ilusões.
E nela, espelha-se
abaixo do horizonte,
já posto,
o Tempo enraizado,
firme na convicção
de que perdurará aquele momento.
A Lua quase apagada
de tanto morrer
é surpreendida com o tempo do Tempo
que se desprendeu da terra do ouro
para lhe tocar com uma noite quente
e um último beijo.
E fundem-se na inquietude,
para que se salvem almas
e um novo Tempo descenda.
Tudo tem um termo
para que haja a sorte
do Sol de todos.
24-06/22-07