Procuro sempre a explicação mais simples,
ou negá-la ao que me pesa.
O confronto com o que é real
é o caminho para a liberdade, que se reza,
que leva à individualização que salva
e à ausência das expectativas que magoam,
até se gastarem as palavras
que dirijo sobre os outros,
mas que só de mim tudo dizem.
Serei o que em mim houver
até que não mais me (re)veja,
apenas sinta a vida
e me deixe acontecer,
sem medo de ter fim,
porque já fui tanto até viver
que alguma coisa subsistirá,
depois…
Só importa o que me cabe cumprir,
ter alguma lucidez
e sensibilidade na planta dos pés.
ter alguma lucidez
e sensibilidade na planta dos pés.