segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Acordai

O fim do mundo,
o fim dos tempos...
Quem me dera
que fosse já hoje!

Mas ainda faltam tantos dias,
para que se persista neste inferno
de homens adormecidos na dor,
outros de virilidade ferida,
e muitos moribundos, por tão pouco...

Onde fica a coragem de cada um,
para que se faça acordar
da letargia da cegueira,
na madrugada de todos,
pela luz da mesma consciência
ao caminho de todos os futuros?

Bastará um ficar arredado,
para que não se cumpra,
em vitória, a Grande Batalha.

É no lado de dentro
que se descobrem o mal
e as armas que o aniquilem
e o espaço a ser (re)construído de raiz,
também berço de afluente
que correrá em direcção
ao sol do meio-dia,
de um qualquer solstício de Inverno...

É no lado de fora,
que a pobreza
ainda se mostra
com arrogância,
iludida,
de rica,
mas já está bem morta,
por afogamento na imagem.

Acordai, acordai, acordai!...

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